quinta-feira, agosto 21, 2014

ARTIGO: SEM CAMPOS A ORFANDADE É EVIDENTE

Foto Oficial do Partido Socialista Brasileira (Convenção Araripina)

Campos morreu dia 13 de agosto de 2014, num trágico acidente com um avião – o Cessna 560 XL – e isso foi exaustivamente noticiado pela imprensa brasileira.

Isso nos fez como editor deste blog, evitar fazer comentários principalmente sobre a exaltação de político agregador, a cara da renovação política, democrata, obstinado, admirado, odiado,  que metia medo em seus adversários e exigia submissão dos aliados, enfim, muita coisa que para alguns não passava de um verniz que escondia uma face opressora de tirano e coronel como postou a Revista Britânica – The Economist.

Apesar de um currículo sem muitos arranhões, e de sete anos e quatro meses que o transformou no melhor governador do Brasil, em que iniciou uma educação revolucionária e inovadora e com um estado avançando num desenvolvimento jamais visto, a própria derrota dele apontada em Pernambuco, dava a dimensão da síndrome do flamengo: “UMA TORCIDA QUE AMA, A OUTRA QUE ODEIA”.

Não aceitava ser chamado de nepotista acreditando que todos os cargos ocupados por parentes estavam em cumprimento com a lei. Gabava-se de o estado governado por ele ser o primeiro a aprovar uma lei contra o nepotismo. Quanta ambiguidade.

Os seus adversários achavam que ele controlava tudo em Pernambuco (TCE, MP) e os aliados tinham certeza. Ganhou a pecha de “amável mafioso”.

Campos deixa um legado político invejável e um trono para ser ocupado pelos três reizinhos, uma rainha mãe e uma princesa para dar continuidade a Monarquia Federativa. Além de um irmão que pode apenas ser coadjuvante nessa história.

E aqui em Araripina? Como fica sem a proteção do primo gigante?

Todos após a morte de Eduardo Campos já circulavam por aí com o peito adesivado estampando a cara de Marina Silva. E agora? A maior beneficiária com o sumiço precoce de Campos iniciou uma guerra declarada e pública aqueles com quem ela não aceita ordem e desacatos e que claramente eram a favor do projeto “Campos” e que discordam de alguns pontos do projeto “Marina”.

Agora encabeçando a chapa e se sentindo mais confortável em apontar o dedo em riste de candidata da sustentabilidade, os eleitores verdes (laranjas), podem começar a refletir sobre o destino de um país que não se pode desistir nunca, entregue a quem está se desentendendo antes mesmo de assumir o palácio.

Enquanto isso no reino bem distante, no semiárido nordestino, na terra do gesso antes batizada de Princesa do Sertão, a orfandade dar lugar a incerteza e a insegurança. A candidata Roberta Arraes (PSB), que tinha como padrinho político e acredito, conselheiro, o  mestre Campos, primo do seu esposo, o prefeito, deve perder o norte que guiava a sua campanha política, pretende evidente usar o nome do ex-governador e candidato a presidência da República, para continuar com a pretensa intenção de chegar a Assembleia Legislativa do Estado – ALEPE. Só que precisa agora ser mais cuidadosa e cautelosa, porque os cabos eleitorais que buscam  o voto a voto, principalmente os que acham que “voto se compra a toda hora e de qualquer cidadão” – estão dando muita bandeira, agora que sabemos que não existe mais aquele para passar a mão em erros cometidos na campanha. Não estou afirmando nada, só estou fazendo um alerta.

Outro ponto que gostaria de frisar, e como me sinto a vítima desse abuso de poder, a perseguição política e o assédio moral, também pode tornar um candidato inelegível.


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Blog do Paixão

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